1. Democracia

A cidade grega de Atenas passava por um processo de transformação política ao longo dos anos, quando em 621 a.C., o estadista e legislador Dracón estabeleceu um conjunto de leis escritas que dariam lugar às leis orais.
Sólon, o novo legislador, ampliou o leque de reformas políticas em Atenas a partir de 594 a.C., eliminou a escravidão por dívidas e resolveu dividir a população ateniense por meio do poderio econômico de cada indivíduo, assim os comerciantes enriquecidos conquistaram direito de participação política. 
As elites agrárias não gostaram das mudanças e a instabilidade política do período deu espaço para a ascensão dos governos tirânicos.
Em 510 a.C., uma mobilização popular levou à ascensão política de Clístenes, incentivada pela retração dos direitos políticos de forma mais ampla. Os atenienses passaram a ser divididos em dez tribos que escolhiam seus representantes políticos. Outra ação importante foi a medida de Clístenes que expulsa por dez anos qualquer indivíduo considerado uma ameaça ao governo democrático – um importante dispositivo que impedia o surgimento de novos tiranos em Atenas.
Apesar de tantas reformas, a democracia ateniense continuava excludente: apenas homens livres, maiores de 18 anos, com pai e mãe ateniense era considerado cidadão e possuía o direito ao voto.

A prática política democrática criada na Grécia foi absorvida nas instituições políticas da República Romana, que se expandiu para grande parte da Europa e do Mediterrâneo.